Outubro terá bandeira vermelha patamar 1 na conta de luz

Com reservatórios em baixa, ANEEL autoriza acionamento de termelétricas e tarifa extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) confirmou nesta sexta-feira (26) que a bandeira vermelha patamar 1 estará em vigor durante o mês de outubro. Na prática, isso significa que os consumidores pagarão tarifa adicional de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

De acordo com a ANEEL, as chuvas abaixo da média impactaram diretamente o nível dos reservatórios das hidrelétricas, reduzindo a capacidade de geração. Para garantir o fornecimento, será necessário o acionamento de usinas termelétricas, cuja produção é mais cara e justifica a aplicação da bandeira tarifária mais elevada.

Nos meses anteriores, o país operou sob a bandeira vermelha patamar 2, ainda mais onerosa. A mudança para o patamar 1 indica uma leve melhora no cenário, mas ainda exige atenção quanto ao consumo de energia.

Outro ponto destacado pela agência é a intermitência da fonte solar. Como a geração fotovoltaica não ocorre durante todo o dia, sobretudo no horário de ponta, o uso das termelétricas continua sendo essencial para manter a estabilidade do sistema elétrico.

O que são as bandeiras tarifárias?

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 pela ANEEL para sinalizar, mês a mês, o custo real da geração de energia no Brasil.

  • Bandeira verde: condições favoráveis de geração, sem cobrança extra.
  • Bandeira amarela: condições menos favoráveis, com acréscimo moderado.
  • Bandeira vermelha patamar 1 e 2: necessidade de uso intensivo de termelétricas, com custos adicionais maiores.

Antes da criação das bandeiras, o consumidor só percebia os aumentos durante os reajustes anuais das tarifas. Hoje, recebe um sinal imediato sobre o custo da energia, podendo ajustar seus hábitos de consumo para reduzir a conta.

Uso consciente da energia

A ANEEL reforça a importância do uso eficiente da eletricidade, não apenas para aliviar o orçamento das famílias, mas também para preservar os recursos naturais e contribuir para a sustentabilidade do setor elétrico.