Investimentos em distribuição somam R$ 1,7 bilhão no trimestre, com foco em modernização da rede e qualidade dos serviços

A Neoenergia registrou lucro líquido de R$ 1,6 bilhão no segundo trimestre de 2025, resultado que representa alta de 100% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do semestre, o lucro chegou a R$ 2,6 bilhões, avanço de 36%. O desempenho foi impulsionado, principalmente, por efeitos tributários não recorrentes, que somaram R$ 869 milhões.
O EBITDA Caixa totalizou R$ 2,6 bilhões no trimestre, alta de 7% na comparação anual. No semestre, o indicador chegou a R$ 5,4 bilhões, com crescimento de 2%. Os resultados refletem os reajustes tarifários das distribuidoras Neoenergia Coelba (BA), Cosern (RN) e a revisão periódica da Neoenergia Pernambuco (PE).
A empresa reforçou seu compromisso com a disciplina de custos, com um aumento de apenas 4% nas despesas operacionais, mesmo diante do cenário de inflação e expansão da base de clientes. No segundo trimestre, a energia injetada total cresceu 2,3%, alcançando 21.887 GWh. No semestre, a alta foi de 3%, com 44.841 GWh.
Investimentos superam R$ 5 bilhões no semestre
A Neoenergia investiu R$ 2,8 bilhões em Capex no segundo trimestre, sendo R$ 1,7 bilhão direcionados à área de distribuição — um crescimento de 35% em relação ao mesmo período de 2024. No acumulado do semestre, os investimentos somaram R$ 5 bilhões, com R$ 3 bilhões voltados à expansão, manutenção e modernização da rede elétrica.
“Mantivemos nosso modelo de crescimento sustentável com foco na eficiência operacional, rotação de ativos e investimentos robustos em distribuição. Buscamos maior resiliência das redes e excelência no atendimento”, afirmou Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia.
Transmissão e rotação de ativos
No segmento de transmissão, a companhia destinou R$ 1,9 bilhão no primeiro semestre à conclusão de linhas e subestações adquiridas em leilões. No segundo trimestre, foram entregues trechos dos projetos Morro do Chapéu e Vale do Itajaí, agregando R$ 132 milhões em Receita Anual Permitida (RAP).
Já no campo da rotação de ativos, a Neoenergia concluiu a venda da sua participação na usina hidrelétrica Baixo Iguaçu, no Paraná, por R$ 1,1 bilhão. A operação envolveu a transferência de 100% da Geração Céu Azul S.A., que detém 70% da participação no consórcio da usina.
Crescimento da base de clientes e qualidade dos serviços
Ao fim do trimestre, a companhia atingiu 16,8 milhões de clientes, com crescimento de 313 mil consumidores em relação ao mesmo período de 2024. Três das cinco distribuidoras encerraram o trimestre dentro do limite regulatório de perdas totais. Além disso, todas as distribuidoras ficaram em conformidade com os indicadores de qualidade: DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Consumidor).
